Os relatos fortes são de uma mente inescrupulosa. Memórias de um pai agressivo, vozes de sua misteriosa mãe, lembranças de um possível amor torturado, cenas que mostram toda a complexidade de uma vida dedicada a destruição, mas que questionam também o imenso interesse pelo poder. Deus existe? A Igreja é confiável? A Ditadura Militar trouxe a disciplina? Quantas psicopatias existem nas instituições humanas? Afinal, seu lema é "não se deve confiar em ninguém".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Diário do Farol em Campina Grande e João Pessoa

O espetáculo Diário do Farol cumpre temporada Funarte Myriam Muniz 2012 de circulação teatral, com as oficinas do projeto e também apresentações nas cidades de Campina Grande (16, 17) e João Pessoa (19, 20 e 21) - Sesc Unidade Centro e Piolim.
Com estréia em 2011 o espetáculo já se apresentou quatro meses em Salvador, cumpriu apresentações em Camaçari-BA e ainda será apresentado em Fortaleza (novembro) e  Santo Amaro da Purificação/Alagoinhas (dezembro).
A equipe é composta por Amarílio Sales (adaptação, produção e atuação), Fernada Paquelet (direção e iluminação), Kleber Sobrinho (produção e operação de som), Eliedson Rosa (iluminação) Tatiane Carcanholo, Daniel Becker e Nayara Homem (elenco).
A obra é baseada na obra de João Ubaldo Ribeiro, homenageado com a exposição O Farol de Cada Um, que traz ao público os livros do autor, um histórico de sua produção, seja em romances, crônicas, contos, adaptações, roteiros, entre outras criações de seu extenso currículo.

2 comentários:

  1. Assisti à peça em João Pessoa e quis escrever minhas impressões no livro de vocês, mas como todo mundo também queria fazê-lo não pude esperar. Fiz questão de vir aqui no blog porque precisava externar o que senti durante a peça, pois nunca pensei que um espetáculo teatral fosse capaz de despertar tais sensações. Ao longo da peça, percebi meu estômago embrulhar, enquanto meu cérebro tentava conciliar a brutalidade e visceralidade das informações que eram passadas em cena. Eu acreditei (mesmo sem querer e lutando contra isso) em cada palavra, em cada gesto, em cada olhar... Absolutamente tudo parecia real, de forma assustadora, repulsiva e (tão!) atraente. Uma tensão tomou conta de todo o meu corpo, e me percebi presa àquela realidade que se mostrava diante de mim. O final veio como uma calmaria após a tempestade... Respirei de alívio e terminei por decidir, com total convicção, que a imaginação humana não tem limites. E foi essa conclusão que me deu o refúgio e acalento de que precisava para conseguir dormir tranquila algumas horas mais tarde.

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    1. Raíssa, que bom receber suas palavras e sentir que vc esteve tocada com o espetáculo. O que desejamos são reflexões e sentidos, de maneira forte e transformadora, pois o lado transgressor existe em todos nós, basta ficarmos atentos em como a condução social, institucional e nossas vivências conduzem nosso estar no mundo e nossa humanidade. Obrigada, foi um prazer compartilhar com o público de João Pessoa nossa jornada!

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